Quando você começa a se interessar por um MBA internacional, uma das primeiras fontes de informação que se usa são os famosos rankings. Porém, se formos além da Santíssima Trindade (Stanford – Wharton – Harvard), verificamos que há uma série de divergências entre o que cada um considera como uma escola top.
Duke, por exemplo, está no 21º lugar no Financial Times, e em 3º na Businessweek. Que conclusão podemos tirar disso?
Não há uma verdade absoluta. Quem é mais inteligente: Steve Jobs ou Obama? Quem tem mais sucesso: Oprah Winfrey ou Gisele Bündchen? A resposta é claramente: depende. Depende do critério que você está usando para avaliar.
Cada ranking é composto de uma combinação de critérios, com pesos diferentes e entender a fundo como esse cálculo é feito é trabalhoso e, basicamente, pouco relevante para um candidato. Porém, ter uma mínima noção do que é levado em consideração nos números pode ajudá-lo a (1) avaliar se esse critério é importante para você, e (2) se libertar deles, e ir além dos rankings.
Os rankings são apenas uma de muitas considerações que devem ser feitas na seleção de um MBA. Objetivos de carreira, planos de vida, tipo de pessoa que você quer conhecer (e fazer seu network), possiblidade de receber uma bolsa de estudo, localização geográfica são outros critérios tão ou mais válidos.
Porém, se você está iniciando sua pesquisa sobre as escolas, os ranking podem ser um ponto de partida e com isso em mente, segue abaixo uma breve explicação do que consideram os principais rankings.
Financial Times – O ranking leva em consideração duas fontes de informação: ex-alunos e diretores de MBA. 40% do ranking tem a ver com salário pós-MBA (quanto ganha 5 anos pós MBA e qual % de aumento vs salário quando entrou) e 40% focado na qualidade do corpo acadêmico e no caráter internacional do programa.
The Economist –Esse ranking não considera a opinião dos empregadores e alumni, e foca em pesquisa com as escolas e recém-formados. Serviços de carreira, networking e progressão de carreira influenciam 30% do ranking.
Bloomberg Businessweek – O ranking tem quatro fontes de informações: ex-alunos, alunos, escolas de negócio e empregadores, sendo 60% do peso do ranking é relacionado com à pesquisa qualitativa com recrutadores, estudantes e alumni. Taxa de colocação profissional influencia só 10%.
Forbes – Conteúdo vem dos ex-alunos e é 100% ligado ao salário e retorno em investimento em 5 anos pós formatura.
US News – Considerado um dos rankings mais balanceados, tem 40% da nota vinda de critérios como GMAT, taxa de empregabilidade e salário. Além disso, diferencia-se dos outros por incluir em seu cálculo informações obtidas dos diretores dos diferentes programas (além de recrutadores, alumni, recém-formados), que influenciam 25% da nota.
Se você está se perguntando “Tá, entendi, mas qual o melhor ranking?”, por favor retornar ao parágrafo 3, mas podemos dizer que o ranking do Economist é relativamente mais instável, com escolas variando dezenas de posições de um ano para o outro (Kellogg, por exemplo passou do 23º ao 2º lugar em 3 anos).
Em suma, na busca de informações sobre as escolas, dê uma fuçada nos rankings. Mas fica a dica: se fosse eu quem iria investir US$200mil em um MBA, eu com certeza buscaria informações complementares.
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