Depois me formar em administração FGV e fazer minha pós-graduação em marketing pela ESPM, eu trabalhei por mais de 10 anos na P&G nas áreas de Vendas e Trade Marketing. Lá, eu aprendi muito sobre trabalhar em equipe, atingir resultados, defender ideias. E eu gostava. Mas sempre tinha a sensação de que algo estava faltando. Ao longo desse tempo, questionei várias vezes se não deveria fazer outra coisa. Mas, como não tinha certeza do que essa outra coisa seria, eu ia levando…afinal, era uma ótima empresa. Afinal, eu gostava dos meus colegas e eles gostavam de mim. Afinal, tinha contas para pagar.

A busca por esse propósito maior, me fez investir em anos de terapia, uma serie de cursos técnicos e de autoconhecimento, viagens e altas conversas com amigos. No final dessa jornada, a realização: o que eu amava fazer era ajudar pessoas – perdidas, iguais a mim – a construírem vidas que amassem.

Energizada com esse propósito, me joguei de cabeça. Após me mudar para os EUA, obtive duas formações internacionais, em Coaching Ontológico e em Coaching Integral. Passei a atuar no Centro de Carreiras em Kellogg para aprender como ajudar a alunos de MBA se posicionarem no mercado, desde definir claramente seus objetivos, até confeccionar currículos, fazer networking e se preparar para entrevistas.

Meu trabalho com executivos e estudantes internacionais me levou a ser chamada para integrar o time que daria o primeiro treinamento de coaching dentro da ONU. E, logo em seguida, passei a trabalhar como coach em cursos para executivos em Kellogg. Retornando ao Brasil, mergulhei ainda mais no mundo do MBA, ajudando estudantes no processo de admissions e escrevendo para o Estadão no meu blog “MBA de A a Z”.

Hoje em dia, o que eu basicamente faço é o que gostaria que alguém tivesse feito por mim há anos atrás: ajudar meus clientes a destravarem suas vidas de uma maneira prática e objetiva, contribuindo para que eles tenham uma vida mais leve, prazerosa e cheia de propósito. E, vamos lá, que esse processo leve alguns meses e não vários anos.

Minhas dúvidas me motivaram a ajudar aos outros terem mais certeza. Minhas inseguranças me fizeram desenvolver empatia para os que pensam que não são capazes. Minha dificuldade em encontrar meu caminho me ajudou a me tornar um apoio para a busca dos que se sentem perdidos. Meu amor pelo que faço é motivado por ajudar outras pessoas a acharem seu propósito.