Como coach (e desde sempre, na verdade), eu considero que tenho bastante facilidade em identificar o que é especial em cada pessoa. Não é raro eu simplesmente me apaixonar pelos seres humanos incríveis que estão à minha frente. Um é muito engraçado, a outra é tem um coração do tamanho do mundo, o outro tem um raciocínio instigante, e por aí vai.

Mas… e quando isso não acontece?

Confesso que esses casos são exceções mas, com algumas pessoas, esse encantamento não acontece de bate-pronto. Eu posso até considerar a pessoa interessante, competente, inteligente. Mas não seria um pessoa com quem eu gostaria de almoçar, por exemplo.

Você pode estar pensando: “E daí? Se nem Jesus Cristo agradou a todos, por que raios você tem que se encantar com todos seus clientes?”

Excelente ponto. Se o cliente não tivesse me contratado para ser aprovado em um MBA, passar em uma entrevista, achar uma namorada, ou simplesmente aprender a fazer networking, isso de fato não seria problema. Mas o que vejo no meu escritório é que, para que esses clientes consigam seus objetivos, muitas vezes terão que passar pelo crivo de outras pessoas. E passar pelo crivo nada mais é do que encantar.

Em geral, depois de umas 3 sessões, eu já amo todos. Sou privilegiada por ter tempo de realmente conhecer as pessoas num nível mais profundo. Mas, e quando você não tem esse luxo (vulgo, tempo) para encantar aos poucos (como numa entrevista ou num essay para MBA, por exemplo)? Como proceder?

Calma, meu pequeno gafanhoto. A tia aqui tem algumas dicas que podem te ajudar. Ou não! Confesso que assim que escrevi sobre “dar dicas”, paralisei. Nunca tinha pensado de maneira estruturada sobre isso.

Ao dar um google sobre o assunto, vejo que váááááários experts (e outros nem tanto) já deram conselhos a respeito. Deu até preguiça.

Portanto, não tenho pretensão de falar “a verdade” sobre o assunto, mas posso compartilhar minha opinião sendo uma pessoa que:

1) Já treinou muitas pessoas para fazerem entrevistas;

2) Já leu muitos essays de MBA;

3) Ensina como fazer networking;

4) É muita querida em geral kkkkk.

Vamos lá. A primeira coisa para encantar é conectar-se com o coleguinha. É horrível sentir que a pessoa à minha frente não quer realmente estar lá/não está genuinamente presente. Como eu detecto isso? A pessoa fala com um discursos aparentemente pré-fabricado/não demonstra emoções/demonstra pressa, inquietação/mexe no celular.

Se você está junto com um outro ser humaninho, honre-o dedicando sua atenção completa a ele.

Outro ponto para encantar é estar feliz de estar ali naquele momento. Sorrindo, se divertindo, demonstrando curiosidade genuína. Falando de maneira simplificada, nosso cérebro possui neurônios espelho que refletem as energias percebidas. Se você está empolgado em estar comigo, cheio de brilho nos olhos, eu não tenho como evitar estar empolgado com você. Se você está com um sorriso escancarado para mim, é difícil eu não sorrir para você. E por aí vai…

Por fim, o terceiro e talvez mais fundamental ponto para eu me encantar com você é realmente te conhecer além do seu CV. É conhecer sobre seus valores. Suas motivações. O que o torna diferente dos outros consultores, administradores, engenheiros que converso todos os dias. São suas peculiaridades. São seus tiques. É a autoconfiança em se mostrar como um ser humano vulnerável, e não uma lista de sucessos ambulante.

Seja para escrever essays inspiradores, para conseguir que um fundo de VC invista no seu negócio ou simplesmente para fazer novas amizades, encantar é preciso.

Achou difícil?

Tá, vou facilitar para você com a mais importante dica de todas:

Para eu me encantar com você, primeiro você precisa se encantar com você mesmo.

Para ajudar nisso, segue uma lição de casa:

Passo 1
Pergunte para 5 pessoas queridas o que é especial a seu respeito. Escute as respostas, anote-as, cole-as num post-it na parede (ou coloque-as como pano de fundo do seu celular).

Passo 2
Todo dia pela manhã leia as anotações e sorria para si mesmo sabendo que você é tudo isso e muito mais.

Passo 3
Vai lá e brilha!

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