Fazer ou não fazer seu MBA?

Aceitar aquela oferta de emprego ou continuar onde está?

Casar ou comprar uma bicicleta?

Eu tenho uma confissão a fazer: eu odeio tomar decisões. Não estou falando daquelas decisões do dia a dia (do tipo, o que comer, que roupa vestir, carro ou uber), mas sim daquelas decisões que envolvem outras pessoas, que, ao decidir por um lado, posso magoar/decepcionar/irritar alguém, e ao decidir por outro, posso causar tudo isso a outra pessoa, inclusive a mim mesma. Tomar uma decisão onde não há uma resposta clara já é algo difícil, mas para mim, coach, que teoricamente tem a vida sob controle e que tem paz de espírito para lidar com o que for, torna-se ainda mais “pior de ruim”.

A maneira como geralmente abordo decisões difíceis é sofreeeendo. Sofrendo muito, muito mesmo, pensando em todos os 15 lados da moeda, analisando diversos cenários, colocando-me no lugar das pessoas afetadas, ficando ainda mais indecisa/confusa. Às vezes é um saco ter muita empatia. Seria muito mais simples decidir o que é melhor para mim e pronto. Mas não dá para nascer de novo, né (até onde eu sei, pelo menos)?

Um antigo coach meu, sempre quando eu estava sofrendo para tomar uma decisão, dizia: “Paula, você está em processo. Veja que belo isso”. Eu queria matar ele. Não queria estar “em processo”, queria estar “em resolução”.

Minha intenção com o texto de hoje é ajudá-lo nesse processo de tomada de decisões. Porque, ainda que eu entenda que há momentos em que precisamos estar “em processo”, dá um baita alívio chegar a uma conclusão. Afinal, uma decisão só é difícil até você tomá-la.
Então o que você pode aprender com suas dúvidas?

As perguntas abaixo podem ajudar:
O que você ganha ficando em dúvida?
O que você ganha não tomando uma decisão?

Se a sua resposta mais imediata foi “nada”, vamos com calma. Isso é simplista demais. E também não é verdade. Ao evitar tomar uma decisão, você evita conflitos. Você evita tomar uma decisão errada. Você evita se arriscar. Você evita ser julgado.

Ou seja, há benefícios claros que explicam o por quê desse comportamento. O problema é que, apesar desses benefícios, esse jeito de ser tem um custo. Que é o de atrapalhar o fluxo da vida. Eu, por exemplo, quando não consigo decidir algo, continuo pensando obsessivamente sobre o assunto e não aproveito as outras coisas ao meu redor. Você também é assim?

Então o que fazer?

Reconhecemos que há benefícios sobre ficar com dúvidas. Reconhecemos que há custos sobre isso também. O que temos de nos perguntar é com o quê estamos comprometidos. Independente dos prós e contras, com o que você realmente se importa? Pelo que você realmente está disposto a brigar. Com o que está disposto a se comprometer? E, com base nesse comprometimento, qual decisão a ser tomada de maneira que seus valores e suas decisões estejam alinhados?

Ajudou?
Conta para mim 🙂