Fale-me qual é a música que melhor te representa. Esse é o convite de um dos essays de Berkeley para o MBA de 2016. Mas, mais do que isso, trata-se de uma pergunta bastante curiosa, e que evoca uma autoanálise. Interessante para todos nós, inclusive os que não tem o menor interesse em fazer um mestrado.
Mas….por que? Por que pensar a respeito de músicas que nos representam é um exercício válido?
Basicamente, porque se trata de uma versão um pouco mais poética e sintética da pergunta por excelência: quem sou eu.
Eu mesma, não tenho uma resposta clara. Consigo falar horas sobre meus sentimentos, minhas aspirações, minhas angústias (obrigada por me escutarem, amigos!), minhas características, etc. Mas encapsular isso em um formato simples (como uma música, por exemplo), por enquanto não rolou.
Por isso dou tanto valor às pessoas que, sim, conseguem se definir com tanta clareza. Sabem o que são, e o que não são, e não pedem desculpas por isso. Não falo de inflexibilidade, mas sim de autoconhecimento e auto aceitação.
Portanto, se você nunca pensou a respeito disso antes, fica o convite.
1) Que música permeou boa parte de sua vida? Aquela que você escutava quando era mais novo, ainda ama hoje, e entende que seguirá na sua playlist da vida? Que música te emociona toda vez? Que representa seus sonhos? Que seus amigos lembram de você toda vez que toca? Não se restrinja. Não há música boa ou ruim (para esse exercício, claro…).
2) Até porque o próximo passo é pensar no que está por trás disso. O que a respeito dessa música te toca? Tente refletir sobre os motivos por trás da escolha. Uma forma de buscar isso é se perguntar “por que” três vezes. Essa aliás é uma dica para vida.
– Esposa querida, por que você comeu o chocolate quando falou que queria emagrecer?
– Porque eu não aguentei.
– Por que?
– Porque eu estava muito ansiosa.
– Por que?
– Porque meu trabalho me sufoca.
– Por que?
É…. às vezes perguntar só três não será suficiente, mas vocês entenderam o ponto. Buscar o motivo por trás do motivo ajudará a você identificar o valor base por trás de sua escolha. E isso ajuda a justificar, por exemplo, como uma música não reconhecidamente brilhante pode sim te representar de uma forma plena e genuína.
3) (Opcional) E, se estiver aplicando para Berkeley, o objetivo é explicar como essa música te representa. Preferencialmente se adequando à cultura e aos valores da escola. E, preferencialmente, escolher uma música em inglês 🙂
4) Pronto! Agora que você tem a sua música definida, é só colocar no modo repeat e curtir….de novo, de novo e de novo.
E então, Lombardi….qual é a música?
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