Nos próximos posts, vou abordar diferentes maneiras de você se preparar para o GMAT. A primeira abordagem, são aulas particulares. Para entender como funciona esse método de ensino, entrevistei Régis Miwa, professor de matemática há mais de 25 anos.

Aula Particular

Régis começou dando aulas em cursinhos e, hoje, trabalha exclusivamente com aulas particulares para estudantes interessados em GMAT e GRE. Apesar da tendência para plataformas online e aulas via skype, Régis é old school… gosta mesmo das aulas presenciais. “Acho que consigo ajudar melhor os alunos dessa forma e, para mim, é mais divertido também. Gosto muito desse contato pessoal”.

Como eu mesma atendo muitos de meus clientes via skype (e, para mim, não vejo muita diferença em termos de resultado), fiquei curiosa: por que você prefere aulas presenciais?

Sua resposta me surpreendeu: “Porque daí, na correção de um exercício, eu consigo avaliar como o aluno tentou resolver o exercício e, vendo o raciocínio que ele usou, consigo explicar para ele do jeito dele.”

Outro motivo pelo qual o Régis acredita em aulas particulares é porque nelas é possível sentir a energia do aluno o que, muitas vezes, é o principal obstáculo para ele conseguir ir bem. “A matemática do GMAT é de ensino médio e ensino fundamental. Ou seja, a prova, matematicamente, não mede muita coisa. Para mim, que estava acostumado a ajudar pessoas na preparação para vestibular, a prova não fazia sentido. Foi depois que entendi que o GMAT não é prova de matemática. É uma prova feita para expor o ponto fraco de cada aluno.”

Como assim?

Se o aluno tem ponto fraco em matemática, a prova vai mostrar isso. Se o aluno tem ansiedade, é aí que ele vai quebrar. Se ele não tem estratégia, se não sabe gerenciar tempo, etc. O GMAT vai pegar no ponto fraco de cada candidato.

Como a ansiedade é um grande fator no GMAT, Régis considera que um de seus grandes papéis é passar tranquilidade para seus alunos. É inevitável que durante a prova um aluno se depare com uma pergunta a qual ele não saberá responder. Então o importante é respirar, se centrar, desapegar e passar para o próximo exercício. Régis me contou que nem sempre foi calmo assim. Durante seu próprio vestibular, ele entrou em pânico e se trancou no banheiro por 15 minutos, respirando e se alongando, até passar a ansiedade. Porém, no GMAT, ninguém tem esse tempo, então é importante desenvolver a habilidade de se acalmar de maneira rápida. Ele fala: “Você pode até deixar o exercício ganhar de você, mas não pode perder o controle da prova”.

Quando pergunto para ele quanto tempo leva preparação, ele não tem uma resposta pronta. Prefere não estimar, se diz “muito ruim de chute”. Há muitos fatores envolvidos: onde o aluno estudou (ensino fundamental, médio , faculdade), quanto tempo tem para estudar durante a semana, quantos imprevistos no trabalho ocorreram, etc. Após um teste de diagnóstico, consegue dar uma melhor noção, mas, em geral, estamos falando de 5 meses em média (sendo que um aluno de uma faculdade top de engenharia, possivelmente, necessitará de apenas 3 aulas).

Dicas Gerais:
1. Treine técnicas para se acalmar
A mais simples é respirar profundamente.

2. Não seja teimoso
Pessoas que já tem um bom conhecimento de matemática (e confiam no seu próprio taco) muitas vezes são resistentes em aprender um novo jeito (mais rápido) de fazer o exercício.

3. Poupe sua energia e leia muito bem o enunciado
Em muitos casos, não é preciso resolver algebricamente o exercício para se ter a resposta.

4. Processo intenso e no menor tempo possível
Bem diferente da época de vestibular (em que o estudante tinha foco total no vestibular), para o GMAT, os compromissos profissionais, sociais, “esportivos”, etc, tornam a preparação cansativa. Então um processo intenso e no menor tempo possível é recomendável.

Régis termina dizendo que muitas pessoas o questionam se ele não enjoa de ensinar a mesma coisa todos os dias. Ele me disse que não. “Pode ser a mesma prova, mas trata-se de uma experiência diferente com cada aluno. Portanto, meu trabalho é sempre diferente”. Para garantir esse cuidado customizado, Régis me contou que até mantem um computador antigo em seu escritório que tem o Windows XP, pois consegue rodar simulados antigos e, às vezes, pede para o aluno fazer um simulado na frente dele para que ele possa observar como o aluno se comporta durante uma prova: se ele fica ansioso, se ele perde informação, se ele é displicente, etc. E, baseado no que contemplou, dá dicas específicas.

Pontos positivos de aula particular:

A. Atenção específica a seus pontos fortes e fracos/ Aprendizado customizado.
B. Apoio emocional.
C. Cobrança de outra pessoa para fortalecer o compromisso com a preparação.
D. Planejamento individualizado.

Pontos Negativos de aula particular:

A. Custo maior do que aula em grupo ou autodidatismo.
B. Compromisso semanal (a partir do momento que você marcou com o professor, não dá para ter uma reunião do trabalho de última hora).
C. “Solidão”… não ter colegas de classe para dividir angústias, incertezas e ansiedades.

Sentiu que aula particular é para você? Conta para mim 🙂

julia queiroz

Régis Miwa é professor de Matemática formado pela USP, com mais de 25 anos de experiência. Quando não está ajudando seus alunos a tirarem ótimas notas no GMAT, Régis gosta de dedicar seu tempo ao ciclismo, a filmes de artes marciais chineses e à sua esposa querida, Kátya.

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